domingo, 1 de julho de 2012

Homens da mesma família largam profissões e viram manicures


Eles fazem sucesso com as mulheres e atendem artistas famosos


Rio -  Típicos ‘machões’, eles trabalhavam como mecânicos, frentistas e metalúrgicos até que resolveram largar tudo e virar manicures. A profissão virou negócio de família: já são 16 parentes trabalhando com unhas de porcelana, e metade deles é de homens. No início sofreram preconceito, mas hoje colhem os frutos da ousadia. Além de fazerem sucesso com a mulherada, são famosos no ramo e já atenderam celebridades como Gilberto Gil, Caetano Veloso, Jorge Vercillo, Moraes Moreira, Cléo Pires, Alcione e Aracy Balabanian.

“Começou com cunhado meu que era guardião de piscina num hotel e conheceu alemã que trabalhava com isso. Ele casou com ela, aprendeu o ofício e passou para a família”, conta Roberto Carlos, 47, o mago das unhas — como ele mesmo se denomina. Roberto revela que quando trocou a função de frentista pela de designer de unhas, sua mulher ficou preocupada. “Ela achou que eu tinha virado bicha. Os amigos sacanearam. Hoje, ela reza para eu ficar no ramo”, ri.

Foto: Felipe O'Neill / Agência O Dia
Segundo o sobrinho de Roberto, Elton Santos, 28, a profissão tem efeito inverso: é chamariz de mulheres: “A gente vai fazer a unha delas, aí o papo rola, começam a dar em cima. Todas as minhas namoradas tinham unha de porcelana”. Dos homens da família, todos são casados e têm filhos.

“Quando vou a uma festa, de repente me dou conta de que estou no meio das mulheres, e não dos homens. Tenho muito assunto com elas. Escuto as dicas que me dão e aplico com a minha mulher”, diverte-se o ex-metalúrgico Roberto Franco, 42, pai de Elton. Ele diz que vira conselheiro das clientes: “Já salvei muito casamento”.

Mas nem tudo são rosas quando o assunto é esmalte. Roberto Carlos já passou maus bocados com a polícia. “Fui parado numa blitz e mandaram abrir a mala. Quando viram o pó de porcelana, suspeitaram”, conta. Segundo ele, atender famosos também não é fácil: “Eles ligam e a gente tem que ir até eles. Já tive que ir no Canecão na hora que Alcione ia cantar porque a unha quebrou”.

Fonte: odia

Nenhum comentário:

Postar um comentário