
Quando o condecorado arquiteto Adam é honorado com uma medalha por suas grandes realizações, sua esposaMaria, que primeiro nota a transição da idade dela e do companheiro, sugere que sua premiação foi o início da iminente aposentadoria. Na mesma instância, a Associação de Arquitetos da qual Adam faz parte começa a investir em jovens arquitetos para novos projetos.
A trama se desenvolve com as particularidades da vida de Adam, fazendo um paralelo com as atividades queMaria realiza para buscar adaptar-se ao novo estilo de vida, numa tentativa de compartilhar e convencerAdam da fatídica realidade. Em meio à instabilidade, serão os seus filhos já independentes e os amigos mais próximos que unirão forças para ajudá-los a despistar a fase ruim.
A fotografia de Nathalie Durand trabalha contrastes e cores com relevante simplicidade, que acentuam a característica clássica do filme. A arte mostra com detalhes essa transição de tempo-espaço na vida do casal e a trilha, que em alguns momentos apresenta tons cômicos, narra os ritmos e as passagens de tempo, substituindo os fades proporcionados pela montagem.
Late Bloomers: O Amor não tem Fim é um dos destaques da 35ª Mostra Internacional de Cinema, que acontece em São Paulo até 03 de novembro. O longa aponta para reflexões sensíveis que enfatizam a beleza da vida a partir de momentos conflituosos experimentados por um casal. Um contraponto para quem se acostumou com relações breves e fugazes, tão constantes na sociedade atual.
Late Bloomers: O Amor não tem Fim (Late Bloomers) – 94 min
França, Bélgica, Reino Unido – 2011
Direção: Julie Gavras
Roteiro: Olivier Dazat, Julie Gavra
Elenco: Isabella Rossellini, William Hurt, Doreen Mantle, Kate Ashfield, Aidan McArdle
Em cartaz na 35ª Mostra Internacional de Cinema em São Paulo
Estreia (circuito): 11 de novembro
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