sábado, 22 de outubro de 2011

A Síndrome do Garanhão

Todo mundo conhece um garanhão na vida.Eles não acreditam na teoria que qualidade vale muito mais que quantidade. E assim, fazem o que mais sabem fazer: metralham. E se gabam ao contar para geral quantas mulheres comeram, quantas outras estão aos seus pés e como fazem a arte do malabarismo para estar com todas ao mesmo tempo.


Os homens, em geral, já possuem a característica comum de gostar de enaltecer suas conquistas e exibir para os outros machos do bando como são capazes de ficar com uma mulher legal e gostosa.
Aqui, é possível traçar um paralelo entre eles e as piriguetes – assim como o homens  tem uma obsessão por exibir suas fêmeas, as piriguetes tem também uma obsessão pelo exibicionismo, com seus próprios corpos, no caso. E nessa disputa dos sexos, as mulheres acabam se dando mal – as piriguetes que fazem a escolha individual de se exibir acabam levando má fama, enquanto os homens que têm o hábito de exibir o outro, acabam  sendo vistos como os buena-pinta talentosos que conseguem qualquer mulher que quiserem.

O mais difícil de entender nessa história é que as mulheres há séculos vêm se deixando cair na lábia dos garanhões. E cada nova conquista provavelmente reafirma a ideia que eles carregam no seu ser – que são a última bolacha do pacote, o último assento vazio do ônibus lotado.

Essa auto-confiança ativa também o lado competitivo de algumas mulheres. Elas querem aquele que todas as outras desejam. Elas querem sentir que conquistaram aquele que é o objeto de desejo das mentes femininas. É como a velha história – mulher não se veste para os homens, se veste para as outras mulheres. E o garanhão consegue despertar o âmago do desejo feminino pela vitória. E em nome do status, elas sofrem, choram, esbravejam – e voltam sempre pro braço deles. Se não conseguem, tratam logo de identificar o próximo cafa existente na redondeza para que o ataque inicie.

Eu sempre desconfiei dos garanhões. Natural, já que eles sempre privilegiam as gostosas invés das com conteúdo; a bunda invés do cérebro.
E talvez esse seja um dos motivos pelos quais ouvimos tantas mulheres reclamando que falta homem no mercado.Aquele homem não tão atraente, dirigindo o carro popular. Ele não passa tantas horas na academia porque tem outras coisas mais importante pra fazer. Nem está em todas as baladas, pelo mesmo motivo. Esse homem pode não conquistar todas com o seu charme nato, mas, se tiver oportunidade, vai mostrar que entende muito mais de mulheres – talvez porque a falta de atributos tenha feito com que ele percebesse a importância de observá-las. Esse vai ser o cara que vai ficar o quanto for preciso no sexo oral para que você tenha prazer. E vai ser para ele que você vai querer ligar quando receber uma boa notícia, porque saberá que ele te entende. Esse vai ser o cara em que você confia, porque sabe que ele não é do tipo que coleciona números, mas que, invés disso, preza pela qualidade.

Os dois partidos estão na praça, provavelmente tomando um café na padaria ao lado. Longe de mim querer julgar quem faz a melhor escolha. Afinal, já diz o ditado: cada um sabe a dor e a delícia de ser o que é.

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